quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Estreia sergipana de "Longe do Paraíso" em Aracaju/SE 🎥🦋✨

 


Neste sábado, dia 23 de novembro, às 14h30, acontece a sessão do mais novo filme do baiano Orlando Senna, o aclamado diretor do clássico “Iracema - Uma Transa Amazônica” (1975), no Cine Vitória, em Aracaju.

Vencedor do Júri Popular no 53º Festival de Brasília, “ Longe do Paraíso ” é um faroeste brasileiro onde, Kim, interpretado por Ícaro Bittencourt, vive um pistoleiro contratado por latifundiários, que precisa escolher entre sua própria vida, ou a de sua irmã, Bel, interpretada por Emanuelle Araújo, uma liderança da luta por reforma agrária no interior da Bahia.

📅Sábado, 23 de novembro de 2024

📍Cine Vitória, às 14h30

Distribuição: Borboletas Filmes

Quem são os indiciados pela PF por tentativa de golpe de estado?

 





Cid implica Braga Netto em tentativa de golpe e tem delação mantida
Aguirre Talento, Mateus Coutinho, Laila Nery e Bruno LuizDo UOL, em Brasília e em São Paulo
21/11/2024 17h08
Atualizada em
21/11/2024 18h04

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), teve sua delação premiada mantida nesta quinta-feira (21) após prestar um novo depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo o UOL apurou, o acordo foi mantido porque Cid deu novas informações envolvendo o general Braga Netto nas articulações golpistas.

O que aconteceu
Delação premiada estava em risco. O acordo podia ter sido anulado se Moraes concluísse q… - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2024/11/21/apos-depoimento-no-stf-moraes-mantem-acordo-de-delacao-de-mauro-cid.htm?cmpid=copiaecola


Reinaldo Azevedo, hoje, no UOL



O Papa: estudar a história com a memória do passado para construir um futuro fraterno

 Em um novo documento intitulado “Carta sobre a renovação do estudo da História da Igreja”, Francisco partilha reflexões acerca da importância do estudo da História da Igreja. A mensagem é direcionado aos sacerdotes, especialmente àqueles que estão em formação para as ordens ministeriais, e também aos leigos. “Esta é uma questão que gostaria que fosse tida em consideração na formação dos novos padres, mas também de outros agentes pastorais”.

uPublicada a carta do Papa Francisco sobre a renovação do estudo da história da Igreja 

Fagner Lima – Vatican News

Publicada nesta manhã, 21 de novembro, a carta onde o Papa Francisco demonstra sua preocupação pastoral com a formação dos jovens, especialmente aqueles que se preparam para as ordenações ministeriais em seminários e casas de formação. “O que eu gostaria de sublinhar agora seria mais um convite para que se promova, nos jovens estudantes de teologia, uma verdadeira sensibilidade histórica”, destacou o pontífice.

Importância da sensibilidade histórica

No início de sua mensagem, Francisco destacou a importância do conhecimento profundo e atualizado do passado, “dos vinte séculos do cristianismo que nos precederam”. Deixando em evidência que a História da Igreja ajuda a entender a dimensão histórica do ser humano e da comunidade, para se desenvolver uma “sensibilidade histórica”, permitindo-nos compreender a realidade social e eclesial em sua complexidade, de modo aprofundado. “Ninguém pode saber verdadeiramente quem é, e nem o que pretende ser amanhã, se não alimentar o laço que o liga às gerações que o precederam”, afirmou o pontífice.

Uma Igreja real

Ainda em sua reflexão, o Santo Padre pontuou que fortalecer e se aprofundar na história da Igreja evita uma visão “idealizada”, apresentando-a, em vez disso, como “real, com suas manchas e rugas”. Isso promove um “olhar para a Igreja real, a fim de que possamos amar a Igreja que existe realmente”, como uma comunidade de fiéis ainda imperfeitos que buscam a santidade.

Nesse sentido, o pontífice nos lembrou da importância de não perder de vista a “carne” de Jesus Cristo: 

“Todos nós devemos ter o cuidado de nunca perder de vista a ‘carne’ de Jesus Cristo: aquela carne feita de paixões, emoções, sentimentos, histórias concretas, mãos que tocam e curam, olhares que libertam e encorajam, hospitalidade, perdão, indignação, coragem, intrepidez: em uma palavra, amor”

Recordando a humanidade de Cristo, o que nos permite entender a realidade eclesial e amar a Igreja em sua autenticidade. Francisco ainda sublinhou que “A Igreja [...] não ignora que entre os seus membros [...] não faltaram alguns que foram infiéis ao Espírito de Deus”, destacando uma consciência histórica que permite aprender com os erros do passado e construir um futuro mais fiel ao Evangelho.

Uma memória vívida para um futuro fraterno

Por fim, o Santo Padre enfatizou que o estudo “sincero e corajoso da História ajuda a Igreja a compreender melhor as suas relações com os diversos povos”, o que deve “ajudar a explicar e a interpretar os momentos mais difíceis e confusos”, recordando acontecimentos que não devem ser esquecidos, pelo contrário recordados sempre e repetidamente, como o Holocausto, bombardeamentos atómicos de Hiroshima e Nagasaki e ainda "as perseguições, o comércio dos escravos e os massacres étnicos que se verificaram e verificam em vários países, e tantos outros eventos históricos que nos fazem envergonhar de sermos humanos.” 

“Não devemos convidar ao esquecimento”, exortou Francisco, destacando que devemos garantir às atuais e futuras gerações uma memória ativa do passado, com o intuito de construir um futuro melhor. “Não podemos permitir que as atuais e as novas gerações percam a memória do que aconteceu, aquela memória que é garantia e estímulo para construir um futuro mais justo e fraterno”

Francisco ainda salientou a cultura atual do esquecimento e a “tentação de virar a página”, atribuindo ao tempo a justificativa de se olhar a diante: “Isso não, por amor de Deus! Sem memória, nunca se avança; não se evolui sem uma memória íntegra e luminosa”. Na conclusão do documento, o Santo Padre faz um convite: "Eis a vossa tarefa: responder aos estribilhos paralisantes do consumismo cultural com escolhas dinâmicas e fortes, com a riqueza, o conhecimento e a partilha."

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/letters/2024/documents/20241121-lettera-storia-chiesa.html

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Alguns frutos da Lei Paulo Gustavo em Sergipe. Mostras de Audiovisual colaborando para formar público para salas de exibição e com a educação.

 

Aliando nossa perspectiva de combate ao preconceito religioso e étnico, focamos no tema do antirracismo com a realização da exibição de filmes da 3ª Mostra de Cinema: Democracia e Antirracismo, em Aracaju, ampliando-se o escopo também pra cidade de Laranjeiras, cidade potencialmente negra, como uma oportunidade de descolonizar o olhar e promoção dessas ações interiorizadas. Da perspectiva do racismo estrutural – quando as práticas institucionais, históricas, culturais e interpessoais inferiorizam e prejudicam sistematicamente um grupo social ou étnico em benefício de outro, e isso baliza o funcionamento de uma sociedade –, as ordens imaginárias não escapam da lógica de dominação. A repetição de imagens – no cinema, na mídia, nas redes - muitas vezes torna familiar e naturaliza concepções que ajudam a construir, apoiam e mantêm opressões como racismo, sexismo, estigmatização de grupos historicamente discriminados e exterminados pela dominação de matriz colonial, que persiste no mundo globalizado de hoje. O cinema pode ser uma ferramenta de combate e romper com esses modelos hegemônicos de ver, pensar e representar o outro dentro de uma lógica de opressão. Ver-se em outra perspectiva, imaginar-se, descrever-se e reinventar-se pelo cinema é uma forma de descolonizar imaginários, interrogar as matrizes de representação opressoras e criar estratégias para a construção de outras, que em vez de reduzir, multiplicam as possibilidades de existência na ideia de diversidade. Se na primeira oportunidade demos prioridade ao eixo temático Racismo religioso, desta vez, focaremos na árvore da memória: busca da ancestralidade e combate ao apagamento e à invisibilidade, evocando novas vozes e narrativas. O apagamento generalizado – linguístico, estético, cultural – é uma forma de genocídio, chamada de epistemicídio (Sueli Carneiro, Boaventura de Sousa Santos utilizam o termo para explicar o processo de invisibilização e ocultação das contribuições culturais e sociais não assimiladas pelo pensamento ocidental. Abdias do Nascimento - escritor, dramaturgo, artista plástico, professor universitário, político e ativista dos direitos civis das populações negras brasileiras – refere-se a esse processo como embranquecimento cultural ou a outra estratégia do genocídio. O epistemicídio é fruto de uma estrutura social fundada no colonialismo europeu e no contexto de dominação imperialista sobre outros povos. É com esse propósito de olhar para a importância da memória dessa cultura tradicional e sua visibilidade, como instrumento democrático e antirracista, que apresentamos essa proposta.  Nosso intuito é dar voz e visibilidade às narrativas de nossas tradições locais e afro-brasileiras através dos filmes a serem exibidos assim como de todas as atividades propostas. Estamos dispondo à população sergipana, a 3ª Mostra de Cinema, Democracia e Antirracismo que tem o incentivo da FUNCAP Sergipe / Governo do Estado de Sergipe,   Lei Paulo Gustavo e apoio Ministério da Cultura / Governo Federal e  Terreiro Centro São Lázaro. 
PROGRAMAÇÃO
05/11/2024 – mostra de curtas sergipanos - 17h10  - Cinema Vitória                                                          Conexão entre mundos. Dir. Wagner Mazzega. SE. 2022. 21 min.Livre
Um diretor recebe um recado de um Guia espiritual para investigar e preservar práticas ancestrais e fundamentais na conexão direta entre os mundos.
A História Invisível de Mãe Bilina de Laicó. Dir. Danilo Felipe. SE. 2024. 5 min. Livre Ancestralidade, invisbilidade e memória. A História de Mãe Bilina Laicó. 
Roda de Conversa

06/11/2024 – 17h - mostra de curtas sergipanos – Cinema Vitória
Terra Prometida. Dir. Marcelo Roque Belarmino. Documentário. SE. 2024. 19min 40 seg. Livre 
O filme retrata a luta da comunidade pela conquista de sua moradia. A partir da ocupação de um terreno do Estado, iniciou-se uma batalha social e jurídica. O que antes era apenas um terreno agora se transformou em casas, formando uma comunidade que se constituiu ao longo dos últimos 10 anos.
21/11/2024 – 14h30 -  Mostra de curtas  sergipanos e infantis acessíveis – Cinema Vitória. (45min)
Ser Antirracista | No mundo da consciência negra . Pé de Moleque Filmes. 4min 02seg 
Ser antirracista é agir contra os conflitos causados pelo racismo, com colaboração. Ao colaborar, os brancos antirracistas devem procurar trabalhar com a outra pessoa (o cidadão negro), para encontrar uma solução que satisfaça plenamente os interesses das 
Meu nome é Maalum. Pé de Moleque Filmes. RJ. Animação. 2022. 8 min. Livre  
Maalum é uma menina negra brasileira que nasce e cresce em um lar rodeado de amor e de referências afrocentradas
Espelho. Dir. Luciana Oliveira. Experimental. SE. 2022. 18 min. Livre 
Esperanza vivencia uma profunda confusão interna e psicológica. Na beira do rio segue um caminho para encontrar consigo mesma e sua espiritualidade. 
Aurora: Dir. Everlane Moraes. Cuba|2018 | pb | 15 min. 12 anos
Aurora é um ensaio cinematográfico que parte da premissa: teatro como palco da vida. A história inclui três mulheres de diferentes idades que reinterpretam seus próprios conflitos no palco de um teatro abandonado.
Homenagem Especial à Everlane Moraes  + Roda de Conversa. 

22/11/2024 – LARANJEIRAS – 18h30
– Mostra de curta e longa – Praça da Matriz
Curta: Ser Antirracista | No mundo da consciência negra . 4min 02seg 
Longa: Othelo, O Grande. Dir. Lucas H. Rossi dos Santos. Doc, BR, 2023. 83 min, 12 anos; 
(com acessibilidade – audiodescrição, libras e legendagem descritiva – Aplicativo PingPlay)
O documentário retoma a vida e a obra do ator e comediante brasileiro Sebastião Bernardes de Souza Prata (1915-1993), conhecido como Grande Othelo. Neto de escravos, de origem humilde, ele mudou de vida ao se destacar na carreira —um grande feito para um ator negro na primeira metade do século 20—, trabalhando com cineastas como Orson Welles, Joaquim Pedro de Andrade, Werner Herzog, Júlio Bressane e Nelson Pereira dos Santos. Através do trabalho em frente às câmeras, Othelo falou sobre o racismo que o assombrou por 80 anos, duas ditaduras e mais de uma centena de filmes.
03/12/2024 – LARANJEIRAS – 18h30                                                                                                                                                             Curta: Receita de Vó. Dir. Carlon Hardt - Stop Motion - 03'10” - 2024 - Curitiba/PR. Livre                                         ‘Minha vó dizia: menina, não chora as pitanga. Cê não queria? Então chupa essa manga!’. “Receita de Vó” nos leva ao quentinho da casa da vó, onde comidas cantam e dançam ao som do mundo mágico do Hip Hop. Gostosinho!
Longa: Maputo Nakuzandza. Dir. Ariadine Zampaulo. Doc. Moçambique. 2023. 71 min. 12 anos                          (Com acessibilidade – libras, audiodescrição, e legendas descritivas - aplicativo Greta)                                                              Um dia em Maputo, capital de Moçambique. A observação de fragmentos da vida de diferentes personagens se mistura com os sons de uma rádio local.















300 anos após a queda do quilombo, Zumbi dos Palmares resiste e influencia a cultura de Alagoas - G1

https://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2024/11/20/300-anos-apos-a-queda-do-quilombo-zumbi-dos-palmares-resiste-e-influencia-a-cultura-de-alagoas.ghtml?fbclid=IwY2xjawGqwepleHRuA2FlbQIxMQABHbqy5bf6gJmnPB-Xrf-KiCVWrYkiul_AdsdOa3ukdlERMSk2HdcKDJi1vA_aem_qozVTo2yixD3sxatjRHPIA

 Resistência. Quando você pensa em um símbolo de resistência, que luta ou lutou pela defesa dos direitos dos negros, você lembra de quem? Se a gente fizer uma lista com diversos nomes, muitos deles serão um consenso, como Carolina Maria de Jesus, Djalma Ribeiro, Nelson Mandela, Angela Davis, Malcon X ou Martin Luther King Jr. Entre tantos, no Brasil, um nome surge como um farol de luta contra a escravidão: Zumbi, o principal líder do Quilombo dos Palmares.

O quilombo localizado na Serra da Barriga, em Alagoas, foi um local de resistência que abrigou e serviu de refúgio para milhares de homens e mulheres, mocambos e quilombos, que fugiam do preconceito e da escravidão. Após anos de luta, o quilombo acabou em 1710, poucos anos após a morte de Zumbi. 300 anos depois, Zumbi dos Palmares é um marco de luta do povo negro em todo o país e a sua vida, história e ideias continuam vivos na cultura alagoana.




Para celebrarmos o Dia da Consciência Negra, comemorado nesse 20 de novembro, e o legado de Zumbi, o g1 conversou com artistas que se inspiram nele para fortalecer os movimentos culturais de matrizes negra no estado.


O Coletivo AfroCaeté surgiu em 2009, dois anos após a realização de uma oficina de Maracatu com o mestre Wilson Santos, a partir da necessidade de propagar a história do ritmo musical em Alagoas, além de criar uma rede de valorização das tradições afro-alagoanas. O grupo é conhecido como "Amarelo Trovão" devido as cores amarela e vermelho, e por conta do barulho que se assemelha ao do trovão, quando os tambores são tocados na avenida.


De acordo com a mestra Letícia Sant'Ana, uma das motivações para a existência do coletivo é a história do Quebra de Xangô, um movimento de silenciamento da cultura negra que aconteceu no estado em 1912. O "Quebra", como é conhecido, foi orquestrado pela Liga dos Republicanos Combatentes, liderados pelo político Fernandes Lima. O episódio foi um dos maiores atos de intolerância religiosa do país, com a prisão e espancamento dos praticantes do candomblé, umbanda e outros cultos africanos.


"Manter vivo um grupo de cultura afro é se colocar diretamente contra um sistema que tenta oprimir as tradições de matriz africana até hoje. Nossa trajetória é marcada por diversas ações de valorização da cultura negra alagoana, além de projetos e oficinas que propagam a história das nossas tradições em comunidade e escolas da capital e do interior", relata a mestra.


Para a mestra, não é possível falar de Alagoas sem falar de Zumbi dos Palmares. Ela acredita que o respeito só é possível quando se há memória, e que a sociedade tem que valorizar e reconhecer as tradições de matriz africana.


"Zumbi é um símbolo de resistência e também nos aponta para uma reflexão sobre os desafios do presente. Como Zumbi e o povo do quilombo enfrentaria as problemáticas do racismo nos dias de hoje? A educação formal por vezes ignora a história de Zumbi, do Quilombo dos Palmares, do Quebra de 1912 e a cultura aparece como essa professora, que educa a população através da arte, da dança, da música. Isso é essencial, principalmente pra os mais jovens, porque sabemos que uma pessoa jovem sem identificação cultural com seu território está sujeita a qualquer tipo de influência, seja ela positiva ou negativa. Quando a cultura está presente em uma comunidade, ela fortalece todos os membros", afirma Letícia Sant'Ana


"E é no seu exemplo forte que vou mirar. Meu povo foi escravizado, pode crer que vou lutar". O trecho é da música "Zumbi Vive", a canção que abre o álbum "Quilombagem", da banda alagoana Vibrações. O grupo surgiu em Maceió, capital alagoana, em 1998, e emplacou diversos hits no cenário do reggae local, regional e nacional (confira o clipe da banda acima).


Com músicas e ritmos que fazem referência e bebem das fontes africanas e afrobrasileiras, o disco tem diversas canções que podemos destacar. Além de "Zumbi Vive" e da música "Quilombagem", que dá nome ao disco, também podemos destacar "Corpo Fechado", "Bate Moleque" e "Posso Fugir".


Para o vocalista e frontman Luiz de Assis, Zumbi dos Palmares é uma inspiração constante para as nossas letras da banda, pois simboliza a resistência e luta por liberdade. De acordo com ele, cantar sobre Zumbi é uma forma de manter vi o o espírito dele além de dar voz às narrativas silenciadas.


"Cantar e contar a história negra é fundamental para que mais pessoas se identifiquem com o movimento. Através das nossas músicas, ressaltamos a riqueza da cultura negra, suas lutas e conquistas, dando visibilidade a histórias negligenciadas. Falamos sobre figuras históricas como Zumbi dos Palmares e abordamos questões de racismo e desigualdade, criando um espaço de reconhecimento e pertencimento. As pessoas se veem nas nossas letras, encontrando força e coragem. Nossa música é uma ferramenta de conscientização e empoderamento, ajudando a construir uma sociedade mais justa e igualitária", explica o vocalista da Vibrações.


A história de luta e resistência de Zumbi dos Palmares também ganhou lugar nas telonas do cinema. E um dos filmes que retrata um pouco sobre essa história é "Quilombo", do cineasta alagoano Cacá Diegues.


Lançado em 1984 a obra acontece próximo ao ano de 1650, quando um grupo de escravizados se rebelam em Pernambuco e partem em direção ao Quilombo dos Palmares. Entre eles está Ganga Zumba, um príncipe africano que se tornaria líder do quilombo antes de Zumbi.


Além de Cacá Diegues na direção, o elenco conta com atores como Tony Tornado, Antônio Pompêo e Zezé Motta.


ASSISTA/LEIA MAIS:



CNBB aprova documento da Pastoral Afro-Brasileira




LIVE - 20 DE NOVEMBRO
IGREJA CATÓLICA E ESCRAVIDÃO NEGRA NO BRASIL
Com Romero Venâncio (UFS)
20/11. Quarta. 11h da manhã
No Instagram romerojunior4503



Sujeito de sorte? A revelação da trama do assassinato de Lula/Alckimin/Moraes e contra a frágil e combalida democracia brasileira acontece em meio ao sucesso do filme "Ainda estou aqui" e encerramento bem sucedido da reunião do G20 sob a responsabilidade do presidente Lula.

 SUJEITO DE SORTE - BELCHIOR

"Presentemente, eu posso me

Considerar um sujeito de sorte

Porque apesar de muito moço

Me sinto são, e salvo, e forte

E tenho comigo pensado

Deus é Brasileiro e anda do meu lado

E assim já não posso sofrer

No ano passado

Tenho sangrado demais

Tenho chorado pra cachorro

Ano passado eu morri

Mas esse ano eu não morro

Tenho sangrado demais

Tenho chorado pra cachorro

Ano passado eu morri

Mas esse ano eu não morro"

Sujeito de Sorte" faz parte do EP 2 do disco "Ana Cañas Canta Belchior" 


Emicida - AmarElo (Exemplo: Belchior - Sujeito de Sorte) parte. Majur e Pabllo Vittar









Lewandowski afirma ter se assustado com plano para matar Lula, Alckmin e Moraes


Como era plano de militares para dar golpe e matar Lula, Alckmin e Moraes, segundo a PF    https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3e82950lleo



Sugerimos assistir abaixo onde o historiador João César Rocha inicia sua fala, procurando ligar as pontas, desde 2021 até hoje - a trajetória do golpe. 


O palhaço, o punhal verde e amarelo e o Zeitgeist

Estamos socialmente adoecidos pela ideia de um futuro frágil e de um presente cruel
Vivemos um momento histórico de múltiplas crises. A economia, sob um capitalismo neoliberal predatório, está em seu limite. A saúde pública ainda sente os efeitos de uma pandemia recente e a emergência climática chega ao ponto de não retorno. Guerras e genocídios se intensificam pelo mundo.

Somam-se ainda a crise do que conhecemos por democracia, dos modelos políticos, da credibilidade nas instituições. Do que é informação e do que não é. Além, claro, de crises novas e mais profundas, cujos efeitos ainda não conhecemos, do que é ou não um indivíduo, uma identidade, da ideia de coletivo, da mistura de si com avatares melhorados e filtrados nas redes sociais e da derrubada final do muro entre vida “online” e “offline”.

Estamos misturados, desorientados, inseguros e desamparados. Estamos socialmente adoecidos pela ideia de um futuro frágil e de um presente cruel.

Esse cenário de incertezas e medos é explorado com habilidade por grupos de extrema direita, que sabem transformar o sofrimento coletivo em combustível para uma retórica de ódio e extremismo. Ao invés de oferecer soluções reais para as dificuldades enfrentadas pela população, esses grupos operam por meio de uma linguagem incendiária. O discurso de ódio é repetido incessantemente através de mensagens partilhadas no Whatsapp, nos púlpitos das igrejas, nas lives, declarações e posts de figuras fascistas.

Mas não só: a extrema direita também sabe vender fantasia através das teorias conspiratórias, dando propósito – ainda que delirante – a vidas afetadas por esse Zeitgeist.

Como nas seitas, a realidade é dobrada. Como nas seitas, algo vai sendo repetido e amplificado, os discursos vão escalando e não se parecem mais absurdos mas uma verdade escondida de maneira elaborada, que deixa pistas, à qual alguns poucos seres especiais têm acesso. Como nas seitas, fazer parte desse seleto grupo traz o sentimento de pertencimento. E como no comportamento de seita, essa verdade, única e absoluta, deve ser defendida além da própria vida – ou da vida do “inimigo”.

Não por acaso, nos últimos dias tivemos dois exemplos emblemáticos desse Zeitgeist.

Primeiro com o homem que planeja e tenta explodir o Supremo Tribunal Federal e, fracassando, deita sobre bombas e tira a própria vida. Homem esse que, com histórico de sofrimento psíquico, deixa um recado final messiânico e se vê como um mártir: “Não chores por mim! Sorria! Entrego minha vida para que as crianças cresçam com liberdade (…) Aqui de cima posso ver claramente as cores do nosso lindo e amado Brasil, verde, amarelo, azul e branco. SOMOS UMA NAÇÃO ABENÇOADA!”.

E agora com a operação da Policia Federal que investiga uma tentativa de golpe e assassinato do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, seu vice Geraldo Alckmin e o presidente do STF Alexandre de Moraes em 2022, por militares e pessoas que estariam ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro em uma trama que ainda vai se desenrolar.

Não parece coincidência que o planejamento tenha sido batizado por seus criadores de “Punhal Verde e Amarelo”, muito semelhante à “Noite dos Longos Punhais” ou “Nacht der Langen Messer”, quando o nazismo se transformou radicalmente, virou um “rebanho” único e realmente se consolidou.

Palavras repetidas à exaustão não são inofensivas. Elas fazem parte de uma estratégia deliberada de manipulação do medo e da insegurança, em que o futuro é pintado como um campo de batalha contra inimigos imaginários, sejam eles “globalistas”, “comunistas” ou qualquer grande “outro” que possa ser responsabilizado pelas crises atuais.

O discurso de que um “povo armado jamais será escravizado”, repetido pelo clã Bolsonaro, é apenas um exemplo de como a retórica de ódio pode se tornar uma incitação à violência, enquanto promove falsa sensação de poder e controle para um mundo ingovernável.

O homem vestido de palhaço não é um lobo solitário. O grupo militar que planeja um golpe de Estado não é um pequeno núcleo fanático. Eles são sintomas de uma sociedade adoecida.

E é nesse terreno fértil de desespero e incerteza que o populismo de extrema direita floresce.


Jango, Lacerda e JK e os Kids Pretos dos anos 70, por Luís Nassif https://jornalggn.com.br/historia/jango-lacerda-e-jk-e-os-kid-pretos-dos-anos-70-por-luis-nassif/


Kakay diz que agora defende a prisão preventiva de Bolsonaro


Lula soube do plano para matá-lo quando a PF deflagrou a operação, diz Pimenta: 'Ficamos chocados'







Currículo de um terrorista

Bolsonaro é incorrigível, indomesticável e incurável — uma bomba de retardo permanente à democracia  

21 de novembro de 2024, 09:29 h


Os kids pretos

O papel da elite de combate do Exército nas maquinações golpistas

Allan de Abreu|06 jun 2023_14h15




O historiador Jair Krischke é o entrevistado desta semana no #DRcomDemori . Conhecido como “o caçador de torturadores”, criou uma rede de pesquisadores e informantes que colaboraram para esclarecer mortes, desaparecimentos e sequestros ocorridos entre 1960 e 1980. Referência em Direitos Humanos, estima-se que tenha ajudado a salvar duas mil pessoas de diversos regimes militares em toda a América Latina. 







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